Agenda Cultural
Do trigo ao pão: Kobra prepara 2ª maior obra da carreira em Curitiba 

Do trigo ao pão: Kobra prepara 2ª maior obra da carreira em Curitiba 

Mural em gigantesco silo será seu primeiro trabalho executado em Curitiba e vai celebrar a importância do mais universal dos alimentos e de todos os trabalhadores envolvidos em sua produção

paranaportal - sexta-feira, 31 de janeiro de 2025 - 16:53

Reconhecido mundialmente pela grandiosidade e pelo impacto visual de seus trabalhos, o artista Eduardo Kobra está executando em Curitiba aquela que deve ser a segunda maior obra de sua carreira e a maior em solo paranaense: ‘Ciclos’, com 5 mil metros quadrados de extensão e usando dez silos do moinho de farinha da Anaconda como tela.

(Foto: divulgação)

“Quero destacar aqui os processos, do plantio do trigo à produção do pão, que fazem com que este alimento universal chegue à mesa das pessoas. […] Também é a primeira vez que pinto uma obra que abarca simultaneamente dez silos. Tanto as dimensões como o formato são um desafio que tornam este trabalho ainda mais interessante para mim”, explica Kobra.

Nesse espaço diferenciado, Kobra vai ilustrar as três fases principais que simbolizam a transformação do cereal em alimento. Na primeira imagem, calejadas mãos estarão trabalhando na colheita do trigo. Na segunda, será mostrada a farinha manuseada e transformada em massa para o pão. Por fim, a cena final exaltará o pão já assado em um gesto de oferecimento.

A obra é uma iniciativa do Moinho Anaconda. Tradicional empresa do setor de alimentos e prestes a completar 75 anos, ela escolheu as instalações da unidade de Curitiba, no bairro Jardim Botânico, pertencente à empresa desde 1957.

“É com grande satisfação que o Moinho Anaconda apresenta um artista de tamanha expertise e renome internacional para esta iniciativa, uma homenagem à cidade que nos acolhe com tanto carinho há décadas”, diz Maximiliano Piermartiri, Diretor-Presidente do Moinho Anaconda.

Não é a primeira vez que Kobra empresta seu talento para ressaltar um processo produtivo de alimentos. Na sua maior obra, por exemplo, que desde 2017 detém o recorde de maior mural do mundo segundo o Guinness, ele exaltou o cacau e a produção do chocolate — o trabalho fica às margens da Rodovia Castelo Branco, na Região Metropolitana de São Paulo, e mede 5,8 mil metros quadrados.

Mais recentemente, no ano passado, ele executou na cidade de São Paulo um mural chamado de ‘A Arte da Lavoura’, por meio do qual expressou um carinho e uma gratidão especial àqueles que se dedicam à agricultura, garantindo a produção de alimentos.

“No caso desta obra em Curitiba, quero mostrar o trigo que é transformado em pão, mas também valorizar o trabalhador, aquele que cultiva a matéria-prima, aquele que trabalha na fábrica de farinha, aquele que faz o pão”, destaca. “E devemos nos lembrar de todo o simbolismo do pão para a humanidade: é praticamente sinônimo de alimento e, como vemos na Bíblia, está ligado às ideias de partilha, de comunidade, de fraternidade”, finaliza o artista.

Sobre Eduardo Kobra

Nascido na periferia de São Paulo em 1975, Eduardo Kobra alcançou reconhecimento global como um dos artistas mais renomados da atualidade. Sua jornada artística começou como pichador na adolescência. Ao longo dos anos, Kobra desenvolveu seu estilo marcante de muralismo, caracterizado por cores vibrantes e contrastantes, e sua habilidade em retratar personalidades, fatos históricos e questões sociais em murais gigantescos.

Com obras em cinco continentes, Kobra quebrou recordes em tamanho de murais, incluindo o maior mural grafitado do mundo. Seu trabalho ganhou visibilidade internacional, com destaque para a obra “O Beijo” em Nova York. Além disso, ele recebeu convites de galerias, museus e organizações, incluindo a ONU, para exibir suas obras e participar de projetos de prestígio.

Kobra também se envolve em causas sociais, usando a arte como veículo para promover mudanças positivas. O Instituto Kobra busca aproximar a cultura de quem tem menos acesso e apoiar causas humanitárias, enquanto suas parcerias com empresas contribuem para viabilizar seus projetos públicos de grande escala. Sua trajetória é um exemplo inspirador de como a arte pode transcender fronteiras e causar impacto positivo no mundo.

Sobre o Moinho Anaconda

O Moinho Anaconda surgiu em 1951 em São Paulo, onde inaugurou sua primeira unidade fabril. Em 1957 foi a vez da inauguração da unidade de Curitiba, localizada no bairro Jardim Botânico, com a mesma capacidade de produção e quantidade de produtos.

Desde o início, o moinho investe em equipamentos de ponta e trabalha com grãos selecionados disponíveis no mercado nacional e internacional, aperfeiçoando continuamente a qualidade e excelência de seus produtos. Para atender seus mais de oito mil clientes, oferecendo um amplo portfólio com quatro linhas diferentes do produto – uso geral, especialidades,pré-­mistura e profissional – com produtos para indústrias, panificadoras, pizzarias, food service e consumidores.

Recentemente, o moinho investiu numa renovação total de sua identidade visual, adotando uma nova marca e modernizando todas as suas embalagens, para uma percepção mais atual e impactante. As duas unidades da empresa possuem práticas de produção ambiental e socialmente responsáveis, como a adoção da energia solar em suas fábricas. A unidade de Curitiba ocupa uma área aproximada de 25.800 metros quadrados, emprega 250 funcionários e tem capacidade de produzir 900 toneladas por dia de farinha.

Com Assessoria de Imprensa

Fique por dentro das notícias do Paraná: Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui

Compartilhe