
Itaipu adotará ações sanitárias para galinheiros comunitários
Além disso, será realizado o cadastro de todos os animais, não poderão conter outras espécies e ficaram restritos a região Oeste do Paraná
Informações do Sistema Faep revelam que a Itaipu Binacional se comprometeu a adotar um protocolo sanitário voltado aos 64 galinheiros comunitários que estão sendo instalados em aldeias indígenas na região Oeste do Paraná.
O acordo foi firmado em reunião realizada no dia sete em Cascavel, da qual participaram representantes do poder público e do setor produtivo. A adoção de providências “imediatas e urgentes” em relação aos galinheiros comunitários era um pedido do Sistema FAEP, em razão dos riscos sanitários decorrentes da criação informal e de subsistência das aves.
“A nossa preocupação sempre foi em relação à questão sanitária. Não podemos colocar em risco uma atividade na qual o Paraná é líder e que movimenta mais de R$ 40 bilhões por ano. Qualquer contaminação decorrente desses galinheiros comunitários poderia trazer impacto com prejuízos incalculáveis”, diz o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
“A reunião foi produtiva, com ganhos para o setor produtivo, pois traz garantias para fortalecer a segurança sanitária. Mas vamos continuar acompanhando a situação, para garantir os interesse dos produtores rurais e do setor agropecuária paranaense”, acrescentou Meneguette.
Entenda o caso
A iniciativa para a instalação de 64 galinheiros comunitários em comunidades indígenas partiu da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) em parceria com a Itaipu Binacional, por meio do programa Itaipu Mais que Energia. De acordo com o site da FLD, cada galinheiro comunitário terá 100 aves, totalizando 6,4 mil animais.
O Sistema FAEP reagiu. Em 17 de março, a entidade passou a cobrar medidas contra a instalação dos galinheiros. A preocupação diz respeito a doenças que podem ser disseminadas a partir dessas unidades de criação, podendo atingir granjas comerciais – o que seria catastrófico para a atividade e para a economia do Paraná.
“A sociedade paranaense investiu esforços e recursos financeiros para construir um sistema sanitário sólido, com a sinergia entre setores público e privado. Esse trabalho é reconhecido internacionalmente com o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica. Permitir esse tipo de iniciativa coloca em risco todo o investimento de décadas”, disse Meneguette, na ocasião. (Com assessoria de comunicação da Faep).