Os 20 maiores clubes do futebol brasileiro atingiram, em 2024, a marca histórica de R$ 10,9 bilhões em receita, um crescimento de 22% em relação a 2023, quando arrecadaram R$ 9 bilhões. Os dados são da consultoria Sports Value e foram antecipados ao jornal Valor Econômico. Apesar do avanço, os clubes saíram de um superávit de R$ 1,1 bilhão em 2023 para um déficit superior a R$ 1 bilhão no último ano.
Os maiores prejuízos foram registrados por São Paulo (R$ 287,6 milhões), Bahia (R$ 246,5 milhões), Corinthians (R$ 181,8 milhões), Cruzeiro (R$ 169,9 milhões) e Coritiba (R$ 139,4 milhões).
Apenas seis clubes fecharam o ano com superávit: Palmeiras (R$ 198,2 milhões), Cuiabá (R$ 64,8 milhões), Grêmio (R$ 43,6 milhões), Red Bull Bragantino (R$ 31 milhões), Athletico (R$ 23,4 milhões) e Fluminense (R$ 100 mil).
O recorde de receita foi impulsionado principalmente pelas transferências de jogadores, que somaram R$ 2,9 bilhões — alta de 52,6% em relação a 2023 — e pelas receitas de marketing, que cresceram 35,7% e chegaram a R$ 1,9 bilhão. A arrecadação com programas de sócio torcedor também cresceu 38,2%, atingindo R$ 850 milhões. Os direitos de transmissão permaneceram estáveis, com R$ 3,3 bilhões, enquanto bilheteria e outras fontes somaram R$ 1,1 bilhão.
Os cinco clubes com maiores receitas em 2024 foram Flamengo (R$ 1,3 bilhão), Palmeiras (R$ 1,2 bilhão), Corinthians (R$ 1,1 bilhão), São Paulo (R$ 731,9 milhões) e Fluminense (R$ 684,2 milhões).
Apesar da arrecadação recorde, a dívida líquida dos clubes ultrapassou R$ 12 bilhões em 2024, um crescimento em relação aos R$ 8,9 bilhões do ano anterior, e o segundo maior valor da série histórica — atrás apenas de 2020 (R$ 12,6 bilhões). Os clubes mais endividados são Corinthians (R$ 1,9 bilhão), Atlético-MG (R$ 1,4 bilhão), Cruzeiro (R$ 981,1 milhões), Vasco (R$ 928,5 milhões) e São Paulo (R$ 852,9 milhões). Excluindo a dívida referente à Neo Química Arena, o passivo do Corinthians cai para R$ 1,2 bilhão.
Athletico e Cuiabá foram os únicos entre os 20 clubes analisados que encerraram o ano sem dívida líquida.
*com Valor Econômico.
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