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Governo cria expectativa irreal com o aumento da adição dos biocombustíveis nos combustíveis, afirma Paranapetro

O Paranapetro reagiu em relação ao aumento dos percentuais de biocombustíveis adicionados nos combustíveis, afirmando, em nota, que é completamente irreal a expectativa gerada pelo Governo Federal de baixa significativa nos preços dos combustíveis.

Confira a nota:

Paranapetro vem a público esclarecer:

Isto ocorre porque a divulgação feita pelo governo ignora os componentes básicos da formação de preços, sendo assim completamente desconectada com a realidade do mercado, tanto na gasolina como no diesel.

GASOLINA

Na gasolina, o aumento do percentual de etanol de 27% para 30%, se levarmos em conta somente os custos publicados pela Petrobras e pelo CEPEA, terá um reflexo de no máximo um centavo e meio para as distribuidoras de combustíveis. Vale salientar, ainda, que a chegada desta redução mínima aos postos vai depender do repasse das distribuidoras, conforme a modalidade de compra do etanol por parte de cada companhia de distribuição. O etanol tem um mercado altamente volátil, com variações diárias. 

Outro ponto importante é que o consumo de combustível dos veículos tende a aumentar com o aumento da mistura de etanol na gasolina. Desse modo, a pequena baixa prevista, se é que venha a acontecer, deve ser absorvida pelo gasto maior em volume de combustível consumido pelos motores.  Ou seja, a medida não trará nenhum refresco ao orçamento final dos consumidores.

DIESEL

No diesel, a elevação do teor do biodiesel de 14% para 15% vai gerar um aumento de aproximadamente dois centavos no custo final do diesel para as distribuidoras. Isto ocorre porque o biodiesel é mais caro do que o diesel. 

A medida agrava ainda um problema já existente: o biodiesel, que é misturada ao diesel nas distribuidoras, tem varias origens e nem sempre passa por um controle rígido de qualidade e especificações. Com isso, ocorrem problemas de formação de borra em tanques de caminhões e camionetes, o que gera entupimentos de bombas e outras complicações mecânicos. Este quadro tende a se agravar com o aumento do percentual para 15%. 

MEDIDA INEFICAZ

Em resumo, o Governo Federal ignorou questões econômicas e técnicas na formatação de uma medida que não será eficaz para o principal objetivo: reduzir preços.  Baixar impostos, que consomem boa parte do preço pago na bomba, conforme dados da própria Petrobras, seria a verdadeira solução. Atualmente, a carga média de impostos (somando parcela federal e estadual), representa em média

28% do custo do diesel e 48% do custo da gasolina.

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