
Projeto Vivência com Animais promove qualidade de vida para pessoas com deficiência física ou mental
Iniciativa beneficia 60 crianças atendidas pela APAE de Agudos do Sul e ganha destaque no Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março
O Projeto Vivência com Animais desenvolvido no Rancho WN, em Quitandinha, na Grande Curitiba, beneficia, atualmente, crianças e adultos com deficiência física, mental ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nascida do sonho dos empresários Daniela e Edson Naimeg, pais de Daniel, que tem síndrome de Down, a iniciativa já faz parte da rotina da APAE de Agudos do Sul.
“Os benefícios são inúmeros: desenvolvimento da socialização, integração sensorial, melhora da respiração, estímulo cerebral, respeito pelos animais, autoconfiança, redução do estresse, fortalecimento muscular e consciência ambiental”, conta Veri Pruchack, diretora da instituição de ensino, ao falar sobre a importância do projeto.
Edson, que é competidor em provas equestres, e a esposa já pensavam em criar algo que pudesse ajudar as pessoas com deficiência, mesmo antes do nascimento do filho, pois conheciam os benefícios terapêuticos que o contato com animais pode proporcionar.
Hoje, a ideia transformada em realidade conta com o apoio da Font Life, uma das mais tradicionais indústrias de água mineral do Paraná. A empresa cede o espaço, os animais e os profissionais necessários para as atividades, como a veterinária Thayná Baggio Naimeg, que também é da família e garante a saúde e o bem-estar dos animais.
A fisioterapeuta Amanda Cruz, responsável pelo atendimento, explica que o contato com os cavalos permite trabalhar equilíbrio, força muscular e coordenação motora. “O próprio cavalo se torna um grande terapeuta. Ele é dócil e percebe a presença de uma criança ou adulto ao seu redor, adaptando-se a cada situação”, afirma.
A abordagem é sempre respeitosa: se alguém tem medo de cavalos, a aproximação é feita no tempo da criança, sem pressões. “Muitos já perderam o medo e evoluíram bastante. Alguns começaram a comandar o cavalo sozinhos, enquanto outros melhoraram significativamente o equilíbrio”, relata Amanda.
Todos os alunos da APAE têm a oportunidade de participar das atividades. Enquanto a fisioterapeuta trabalha com os animais, a professora da turma realiza aulas diferenciadas com os demais alunos, otimizando o tempo e maximizando o desenvolvimento de todos.
“A decisão de incluir todos os alunos se deu pela importância do contato com a natureza e os animais no desenvolvimento global de cada um”, explica Veri.
A diretora da APAE destaca ainda que o projeto ajuda a derrubar estereótipos e barreiras associadas às pessoas com deficiência. “Essa iniciativa mostra do que eles são capazes e o quanto ainda podem evoluir. Somos imensamente gratos ao Edson e à Daniela por acolherem nossa escola e dedicarem tanto empenho ao desenvolvimento desses alunos, que são verdadeiramente especiais”, finaliza.
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