UEM conquista aprovação de Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia

Pela primeira vez na história, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi contemplada com a aprovação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), vinculado ao CNPq. Com sede no departamento de Física, o projeto engloba 91 pesquisadores de 18 instituições brasileiras e outros 25 de instituições internacionais, classificadas entre as melhores do mundo.

Coordenado pelo professor Mauro Baesso, o Instituto Nacional de Pesquisa e Inovação em Imagem Fototérmica tem como objetivo desenvolver novas tecnologias de imagem para a aplicação prática e não invasiva via laser na detecção precoce de câncer e outras doenças. O trabalho receberá R$ 15 milhões para a viabilização, que serão destinados a compra de equipamentos, pagamento de bolsas, viagens, dentre outras despesas.

Segundo Baesso, o projeto vem sendo desenvolvido há 30 anos e os métodos de montagem tiveram origem em publicações realizadas pela UEM ainda em 2007. “O objetivo, a longo prazo, é que essas técnicas sejam desenvolvidas e aprimoradas para que possam ser empregadas no diagnóstico clínico e possam se transformar em equipamentos transferidos para a sociedade. Então, o projeto engloba métodos sofisticados de detecção que não existem atualmente; a ideia é auxiliar nos processos diagnósticos.”

Inovação na UEM

Para o reitor Leandro Vanalli, investir em inovação é uma forma de acelerar a pesquisa e, assim, contribuir com a sociedade de uma forma mais eficiente. “O desenvolvimento de novas tecnologias de imagem para a aplicação prática e não invasiva via laser na detecção precoce de câncer e outras doenças é uma iniciativa com potencial transformador para a saúde humana. Este estudo personifica o espírito da nossa universidade: a busca incessante pelo conhecimento, a inovação tecnológica e o compromisso inabalável com o bem-estar da sociedade. Parabenizo todos os envolvidos – pesquisadores, técnicos, estudantes e colaboradores –, pois este projeto é um exemplo brilhante de como a ciência e a tecnologia podem ser colocadas a serviço da humanidade.”

De acordo com Baesso, o projeto é focado em imagens geradas via laser não invasivo que identificam e diferenciam cânceres e tumores malignos rapidamente; além disso, possui aplicações em doenças infecciosas e até na detecção de fungos, vírus e bactérias, na área de alimentos. Na UEM, contempla pesquisadores de diversas áreas, como biologia, farmácia, odontologia, medicina, química e engenharias.

O Programa INCTs, do CNPq, se caracteriza por selecionar grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas, para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos.

Na 46ª chamada de 2024, o projeto da UEM obteve a terceira maior nota entre os selecionados, ficando com a 10ª posição geral. Ao todo, 653 projetos do Brasil concorreram e 121 foram aprovados. O resultado final será divulgado em maio.

*por Amaro de Oliveira, de Maringá.

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